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PROJETO EXTRAMUROS
Práticas Artísticas em Diálogo.
O corpo como gesto político 
por Rebecca Moradalizadeh e Yasmine Moradalizadeh


Com base nas mais recentes manifestações e protestos passados no Irão (aquando da morte de Mahsa Amini) que se espalharam pelo mundo através do lema “Mulher, Vida, Liberdade”, esta sessão pretende abordar, refletir e problematizar o lugar do corpo no espaço público e como a performatividade e importância do gesto e da ação corporal se podem tornar na forma de intervenção, ativismo e identidade. Dando a conhecer as obras de artistas como Shirin Neshat, Newsha Tavakolian, Marjane Satrapi e os gestos simbólicos e políticos das ativistas iranianas reconhecidas como “The Girls of Revolution Street”, criamos um lugar para explorar o manifesto prático com (e sobre) o nosso corpo e abordar as nossas preocupações e os nossos gestos, na atualidade.


O projecto Extramuros – Práticas artísticas em diálogo destina-se a alunos do 2.º e 3.º ciclo escolares, tem como objectivo examinar o potencial das práticas artísticas no envolvimento de crianças e jovens na exploração activa da sua identidade, lançando bases para repensar questões ligadas à relação entre a educação, cultura e cidadania.

Se olharmos para a educação como uma prática transformadora, que novas possibilidades podemos trazer para a participação, para a inclusão e para a construção de novos horizontes, reformulando modelos de educação para a cidadania que permitam visualizar as várias dimensões da pertença, seja no sentido social, cultural ou político?

Neste projecto a figura do artista aparece como mediadora de tensões, entendendo o trabalho artístico enquanto lugar de experimentação e de produção de relações, onde a realidade e a ficção espelham-se, o individual e o colectivo complementam-se, ou o imaginário da cultura e da sociedade alimentam-se mutualmente. A prática artística possui valores intrínsecos que não se esgotam na produção de obras, mas que se estendem na possibilidade de discussão, de encontro e de reflexão que propiciam novas experiências e aprendizagens. Numa primeira fase o projecto cria momentos de intimidade com o trabalho de artistas convidados, cujo trabalho dialoga com questões ligadas à reflexão em torno do espaço social, interculturalidade, género, tolerância ou memória coletiva. Numa segunda fase pretendemos activar de forma mais continuada a experimentação prática, criando oficinas e processos de criação com o envolvimento dos alunos.

Numa Europa constituída por uma malha de cidadanias europeias, que partilham e constroem um espaço comum, como pensar para além dos limites da família, da comunidade, do estado- nação, à procura de sentidos mais amplos de comunidade que permitam criar novos laços afectivos e formas de coabitar o presente?

Coordenação: Joclécio Azevedo | Produção: Circular Associação Cultural | Parceria: Escola Básica 2,3 Frei João
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